Densidade demográfica, também chamada de densidade populacional ou população relativa, é um termo usado na geografia para apontar quantas pessoas vivem por quilômetro quadrado.
É pela densidade demográfica que podemos saber se uma área é muito ou pouco povoada.
Densidade Demográfica no Brasil
Segundo estimativa do IBGE de 2020, o país apresenta aproximadamente 211,8 milhões de habitantes e a maior parte da população brasileira está concentrada nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste.
No mapa, é possível observar que a maior concentração da população ocorre em regiões litorâneas. A maior densidade populacional do país é encontrada em Rio de Janeiro (365,23 habitantes por km2) e São Paulo (166,25 habitantes por km2), segundo dados de 2010.
A maior densidade da população, segundo o IBGE, está em Paraisópolis, no Estado de São Paulo. São 45 mil pessoas dividindo 1 km2.
Em segundo lugar está a favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, com 39 mil pessoas por km2. Também no Rio de Janeiro ficam Parque União e Nova Holanda, onde 35 mil pessoas compartilham 1 km2.
Dados do IBGE em 2020 estimam que a população brasileira é de 211 755 692 pessoas e o território do Brasil corresponde a 8 510 345,538 km². Sendo assim, a densidade demográfica seria de 24,88 habitantes por quilômetro quadrado ou 24,88 hab/km2.
Logo, distribuindo igualmente a população pelo território teríamos aproximadamente 25 pessoas por quilômetro quadrado. Entretanto, sabemos que na realidade existe uma grande concentração de pessoas no litoral e o interior é menos povoado.
Como calcular a densidade demográfica?
Para encontrar a densidade demográfica de uma área, utilizamos a seguinte fórmula:
Onde,
DD = Densidade populacional
PT = população total
A = área total da região/país
Exemplo:
A população brasileira é de aproximadamente 211,8 milhões de habitantes e o território do Brasil é cerca de 8,5 milhões de km2. Logo, a densidade demográfica é igual a 24,88.
Uma área pode apresentar taxas altas ou baixas de densidade demográfica pelos seguintes fatores:
- Clima
- Urbanização
- Oferta de terras férteis
- Regime de distribuição de chuvas
- Oferta de postos de trabalho
- Guerras, epidemias, etc.
Densidade Demográfica no Mundo
Conforme dados do Banco Mundial, a densidade demográfica no mundo é de 50,79 pessoas por km2. O resultado considera a área do planeta, de 510 milhões de km2 e a população, estimada em 7,3 bilhões de habitantes.
Veja na tabela abaixo a densidade demográfica dos cinco continentes:
Ásia | 137,3 hab./km2 |
África | 38,4 hab./km2 |
Europa | 32,24 hab./km2 |
América | 23,5 hab./km2 |
Oceania | 4,6 hab./km2 |
Observe no mapa abaixo a densidade demográfica mundial:
Percebemos claramente que o continente asiático concentra a taxa mais elevada de densidade demográfica.
Não podemos esquecer que a densidade demográfica não tem a ver com o tamanho da população e sim com o do território.
A China que tem a maior número de habitantes não é o país que possui a maior taxa de densidade demográfica porque seu território é imenso.
Desta maneira, o país com a maior taxa de densidade demográfica é Mônaco, sendo seu território de 2,2 km2 para uma população de 38 499 habitantes, segundo dados de 2016. Assim, sua densidade demográfica é 15.102,97 hab./km2.
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Entenda como ocorre a distribuição da população brasileira ao longo do território nacional, com dados, informações e mapas.
Há muita gente no Brasil! Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, a população do Brasil está estimada, para 2014, em mais de 202 milhões de pessoas. Mas como o nosso país possui uma área territorial de 8,5 milhões de km², significa que nós temos uma média de mais ou menos 27 pessoas para cada quilômetro quadrado, ou seja, tem espaço para todo mundo!
O grande problema é que a população brasileira distribui-se irregularmente pelo nosso território. E o que isso quer dizer? Isso significa que algumas regiões concentram mais pessoas, enquanto em outras há mais espaço sobrando, até porque precisamos de lugares em que a natureza esteja mais preservada, livre de cidades, grandes fazendas e outras atividades humanas.
Se observarmos o mapa a seguir, podemos notar como ocorre a distribuição da população brasileira:
Mapa da distribuição da população brasileira pelo território ¹
Como podemos ver, a distribuição da população brasileira é muito limitada às zonas litorâneas do país. Isso se deve a motivos históricos e geográficos, que vêm desde os tempos de colonização até os períodos posteriores. Por exemplo: a grande concentração econômica e política do Brasil no Sudeste brasileiro, sobretudo nos séculos XVIII e XIX, fez com que a maior parte dos habitantes do país se concentrasse nessa região.
Em números gerais, a distribuição da população brasileira efetua-se da seguinte forma, de acordo com os dados do Censo Demográfico de 2010:
Sudeste: como já dissemos, é a região mais populosa do Brasil, com mais de 80 milhões de habitantes, com 42% da população brasileira e 87 habitantes para cada quilômetro quadrado. É muita gente no mesmo lugar! Para se ter uma ideia, se consideramos a cidade de São Paulo e a sua região metropolitana, temos mais habitantes (19 milhões) do que o Centro-Oeste inteiro!
Nordeste: é a segunda região mais populosa, com quase 54 milhões de pessoas e 27,7% da população do nosso país. Ao todo, são mais de 34 pessoas para cada quilômetro quadrado.
Sul: a terceira região mais populosa do Brasil, com 27 milhões de habitantes. Como a sua área é menor entre as regiões brasileiras, a sua densidade populacional (habitantes por quilômetro quadrado) é de 47,8 hab/km².
Norte: é a quarta mais populosa, ganhando somente do Centro-Oeste brasileiro. Sua população é de 16 milhões de pessoas, mas podemos dizer que essa é a região mais “vazia” do país, pois é a maior e apresenta muito espaço sobrando... Ao todo, sua densidade demográfica é de quatro habitantes para cada quilômetro!
Centro-Oeste: é a última colocada e possui 14,5 milhões de pessoas, com uma densidade demográfica de 8,6 hab/km². Mesmo assim, temos grandes cidades nessa região, sendo Brasília e Goiânia as maiores delas.
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¹ Fonte do mapa: Archella & Thréry, 2008 / Wikimedia Commons
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia