No dia 21 de setembro comemoramos o Dia da Árvore, que foi criado com o objetivo principal da conscientização na preservação das árvores para o meio ambiente e para a qualidade de vida dos seres humanos. Devemos analisar que tanto no Brasil como no mundo o crescimento populacional, a exploração ilegal de madeira, expansão de fronteiras agrícolas e da mineração, contribuem para grandes áreas desmatadas, seja por corte
ou queimada. Nesse sentido combater o desmatamento, que neste último ano atingiu mais de 10 mil quilômetros quadrados de florestas derrubadas na Amazônia segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e levar a importância da conservação dos recursos naturais se faz mais que necessário. Mas então, porque precisamos nos conscientizar e preservar as árvores? Existem diversas espécies arbóreas que são fundamentais para os seres humanos, e para a vida no planeta. São as
árvores que aumentam a umidade do ar, evitam erosões ao longo dos rios, realizam a fotossíntese resultando na produção de oxigênio essencial para os seres vivos, fornecem sombra e conseguem reduzir a temperatura, reduzem a poluição do ar, servem como abrigo para espécies de animais, contribuindo para a biodiversidade. Além disso, muitas espécies fornecem flores e frutos para alimentação, produção de remédios, entre outros usos. A data de 21 de setembro deve ser um dia de reflexão e
conscientização sobre nossas atitudes em relação a todo o meio ambiente. Não é só plantar uma árvore, mas ir além, encarar como um processo de convivência fundamental na nossa qualidade de vida e conservação da natureza para as futuras gerações. Como cidadãos, podemos contribuir para a conservação e proteção das árvores com ações em nossa própria casa, procurando os órgãos de meio ambiente para saber qual espécie melhor se adapta na minha região, o local correto para o plantio, quais os
cuidados necessários. Afinal, plantar uma árvore é essencial, mas requer responsabilidades e cuidados no plantio com a escolha de espécies nativas e seus manejos. Além dessas ações, outras mais são importantes como a separação de resíduos sólidos, redução no consumo de água e energia e evitar o consumismo, principalmente de itens em que a árvore pode ser matéria-prima. Enfim, devemos nos conscientizar e buscar alternativas cada vez mais sustentáveis, compreendendo que somos parte dessa
natureza. * Márcia Cristiane Kravetz Andrade é mestre em ciência e tecnologia ambiental e tutora dos cursos de pós-graduação na área de meio ambiente da Uninter. Incorporar HTML não disponível. Autor: Márcia Cristiane Kravetz Andrade*
Créditos do Fotógrafo:
Jplenio/Pixabay
19/07/2017 - Por ronan pereira machado
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As árvores fazem parte da nossa história, desde o descobrimento até os dias atuais. Uma importante e antiga relação é com o próprio nome do país, originário da espécie Pau-brasil (Paubrasil echinata). Outras espécies representaram importantes ciclos econômicos, como por exemplo o ciclo do Cacau (Theobroma cacao) e o ciclo da borracha (Hevea brasiliensis).
A maior e mais significativa importância das árvores é a ambiental, pois são organismos essenciais para o equilíbrio do planeta, desempenham funções vitais como o controle da temperatura, aumento da umidade do ar, maior controle das chuvas, qualidade da água dos mananciais, controle de erosão, manutenção da biodiversidade, além de produzirem frutos, sementes, madeira, resinas e outros produtos.
A presença das árvores no meio urbano é muito recente, eram vistas apenas como elementos integrantes das florestas. A arborização urbana e sua evolução teve seu início e desenvolvimento por volta do século XV na Europa, sendo que sua prática se tornou comum a partir do século XVII, através da iniciativa pioneira das cidades de Londres e Paris, com seus Squares e boulevars.
No Brasil, a primeira cidade a dispor de arborização de rua foi Recife, no século XVII. Já nos séculos XVIII e XIX, na cidade do Rio de Janeiro iniciaram-se marcos fundamentais do paisagismo brasileiro como o Jardim botânico e o Campo de Santana. Em São Paulo, os destaques são Jardim da Luz e Avenida Paulista.
Inúmeros são os benefícios da arborização urbana, os principais são: melhoria da qualidade do ar; redução dos níveis de ruído; redução das ilhas de calor; proteção/alimentação da avefauna; redução do escoamento superficial. Alguns estudos citam ainda benefícios indiretos como a redução da obesidade em áreas mais arborizadas e até mesmo o menor custo de reparos no asfalto em áreas sombreadas por árvores.
Sabendo de tudo isso, por que então o convívio com a árvore no meio urbano é tão conflitante? Vários são os pontos de conflito, como a falta de um plano de manejo eficiente para a arborização; escolha de espécies arbóreas sem potencial de uso urbano, redes de distribuição de energia onde se limita o uso de árvores, a falta de interesse da própria população, manejo errados através de podas drásticas, uso de mudas de baixa qualidade, entre outros.
O sucesso de um plano de arborização ocorre quando há o envolvimento do setor público, privado e a população local. E com a criação de normas que estimule a arborização de forma eficiente; a criação de programas de educação ambiental que promova o convívio harmônico da população com as árvores; e aplicação o princípio da educação ambiental, onde qualquer agressão ou intervenção deve ser avaliada, dimensionada e necessariamente compensada por medidas reparadoras na proporção direta do dano causado, ou a causar.
"O homem toma conhecimento da sua própria personalidade quando procura unir-se o mais possível a natureza"
(Teilhard de Chardin)
Ronan Pereira Machado (Lenha F97), Msc. Eng. Agr. da Trees AgroComercial e Serviços Ltda